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RESIDÊNCIAS NA ÁREA DE SAÚDE DO HUPE
Além da Residência Médica, no HUPE há sete outras áreas: Enfermagem, Fisioterapia Geral, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Cirurgia Bucomaxilofacial. Nelas são oferecidas 94 vagas, anualmente, com duração de dois anos de capacitação em serviço. Embora em funcionamento e bem sucedidas, muitas existentes há mais de 30 anos, essas sete áreas ainda não têm o reconhecimento como Residência pelos Ministérios da Saúde e Educação. Seus regimentos vem sendo revistos, normatizados, definidos os critérios mínimos para reconhecimento com a participação dos seus respectivos Conselhos, do Fórum Nacional dos Residentes Multiprofissionais em Saúde (FNRMS), do Fórum Nacional de Educação das Profissões na Área de Saúde (FNEPAS) - que agrega várias entidades de ensino e da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS). Permitindo além do reconhecimento, o credenciamento e a avaliação desses cursos. Os documentos serão apresentados no Seminário Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde para debate sobre a regulamentação, troca de experiências, apreciação, articulação e futura definição, ampliando o processo de construção das diretrizes para as Residências em Saúde.
As Residências das Áreas de Saúde do HUPE surgiram de uma necessidade do próprio Serviço, elas têm um status diferente dentro da instituição. Uma experiência particular por terem sido criadas e terem sua formação dentro dos Serviços. Tendo como diferencial seu pioneirismo, algumas permanecem únicas no Rio de Janeiro e com elas foi possível fazer a integração multiprofissional na formação e na atenção à saúde.
Para as coordenadoras Christiane Albuquerque (Fonoaudiologia), Daniela Sobrino (Fisioterapia), Dayse Carvalho (Serviço Social), Cláudia Poças (Enfermagem) e Patricia Fonseca dos Reis (Nutrição) as diferentes Residências no HUPE tem particularidades e, também, generalidades. Não procuram fazer apenas o específico, mas sim o geral. Para elas é imprescindível conhecer a política de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), seus princípios e diretrizes. E o HUPE tem o potencial de formar: aqui o residente faz, aprimora o fazer, discute o fazer, tudo acontece com a prática sem esquecer a teoria. Dentro da instituição ele lida com a emoção, o medo, o susto, com vários sentimentos, com o paciente e com a família do paciente. Aprende a dar encaminhamentos, é quem faz e quem pensa nas soluções. Há uma preocupação com os valores, com as atitudes frente ao doente. A realidade do residente que sai daqui é estar preparado para trabalhar nos diferentes cenários da saúde no país e estar apto a lidar com as dificuldades. Para isso, há todo o apoio e engajamento entre os Serviços, a Coordenadoria de Desenvolvimento Acadêmico (CDA) e NAPPRE (Núcleo de Apoio Psicopedagógico ao Residente). A idéia é de, a partir do ano que vem, implantar as Sessões Clínicas Multiprofissionais mensalmente. Fortalecer as trocas entre as áreas, integrar e discutir o que se tem em comum nas Residências. A CDA e o NAPPRE incentivam a aproximação dos coordenadores, estabelecendo um colegiado para planejar e estruturar as Residências, reforçando o papel acadêmico do HUPE. Também tentam motivar os Residentes para a retomada da Associação dos Residentes do HUPE (ARHUPE).
Os residentes Roberta Faitanin Passamani (R2 Enfermagem) e Rodrigo Loureiro Cunha (R2 Fisioterapia) sentem que a troca de experiências e aprendizado entre as Residências é muito boa.
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Por passarem um certo tempo em uma mesma Enfermaria, é mais fácil o contato com as outras áreas e a assistência ao paciente é melhor, há um ganho. Percebem que o Serviço funciona com eles; o residente é totalmente inserido na equipe, faz parte dela e adquire um embasamento prático. Ana Paula Barça e Roberta Sabioni (R1 Fonoaudiologia) reiteram que a prática traz uma experiência multidisciplinar muito grande, fazendo o Treinamento em Serviço muito forte. A parte teórica é fundamental, existe uma preocupação constante para que estejam, pelo menos um dia na semana, totalmente dedicados a parte acadêmica. Por conviverem em um ambiente universitário consideram que é mais fácil aprender, fazer perguntas, há uma disponibilidade maior para os conhecimentos mais abrangentes. Uma verdadeira troca de postura do profissional: que vem a ser o grande diferencial para a formação e em seu currículo. Mesmo na ausência de um recurso tecnológico de ponta, é possível dar um atendimento necessário.
Na visão dos residentes é plenamente válido e seria interessante o engajamento e fortalecimento da ARHUPE. É a possibilidade de ter uma representação formal que possa discutir questões gerais às Residências, programas, regimento da CDA, trocas com a Direção Geral; poderiam ter mais ganhos, a maioria reconhece sua importância. Todos consideram que suas áreas estão inseridas em todos os setores do hospital, são valorizados e seu trabalho já é reconhecido. Está acontecendo o processo de sistematização e os residentes estão totalmente envolvidos. É bem produtiva essa passagem pelo HUPE, tendo como eixo a integralidade na formação e na atenção à saúde.
O residente Rodrigo Loureiro Cunha aproveita para reivindicar: “Não existe um Ambulatório de Fisioterapia dentro do HUPE”, por isso não conseguem dar continuidade ao tratamento. Segundo ele, é extremamente necessário e importante e, com certeza, seria um diferencial na Residência e também para o Serviço.
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