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OLHO VIVO - Obesidade na Adolescência
A obesidade na infância e adolescência já é considerada uma epidemia mundial. No Brasil, de 20 a 21% da população jovem está acima do peso. E entre sete e oito por cento são obesos, ou seja, quase 10% desta população.
Dra. Maria Cristina Kuschnir, médica do NESA e especialista no assunto, salienta que isto pode acarretar uma série de doenças cardiovasculares e metabólicas, como diabetes e hipertensão muito cedo. Além da possibilidade de acidente vascular cerebral (AVC), infarto e problemas renais na vida adulta, mais cedo. Atualmente, vem aumentando o número de casos de diabetes tipo 2 na adolescência; antes característica da faixa etária a partir dos 40 anos e também associada à obesidade e ao sedentarismo.
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É mais importante ter o cuidado desde a infância, deve-se ter bons hábitos alimentares e ser contra o sedentarismo. Surgindo excesso de peso, procurar orientação. O profissional vai individualizar cada um e analisar o papel que a comida exerce em cada família.
As causas são multifatoriais: oferta de alimentos excessiva, fast food (comida rápida), comida de pouca qualidade e sem nenhum nutriente, sedentarismo, poucos exercícios, hábitos errados, questão emocional.
O sucesso do tratamento é conseguido quando a criança ou adolescente pára de ganhar peso, estabiliza. Nenhum resultado pode ser considerado antes do prazo de um ano. O ideal é que se tenha o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar e mudar todo o esquema e hábitos familiares, incluindo compras no supermercado, um esforço de reeducação alimentar. A equipe de saúde (pediatras, médicos de família e enfermeiros) deve estar treinada e preparada para dar atenção específica aos casos. A família é de fundamental importância para o cuidado de uma alimentação balanceada com carboidratos, proteínas e vitaminas. Quanto mais variados e coloridos forem os pratos, melhor, mantendo distância das gorduras. E estimular os exercícios, principalmente os aeróbicos. Com uma dieta adequada e sem sedentarismo, a saúde estará presente em todas as fases da vida.
A nutricionista do HUPE, Simone Ribas, está desenvolvendo uma pesquisa que tem como base o tratamento nutricional para crianças e adolescentes dislipidêmicos (triglicerídeos/colesterol alto) com uma alimentação funcional. O objetivo do projeto é avaliar o seu efeito numa faixa etária mais precoce, verificando seus benefícios e comprovar realmente o seu poder. As conseqüências da dislipidemia podem ser o acúmulo de placas de gordura no coração, vindo a causar arteriosclerose; pressão alta; diabetes e obesidade.
Critérios de inclusão para pesquisa: qualquer criança ou adolescente, entre seis e dezenove anos que apresente colesterol superior a 170 mg/dL, LDL superior a 110 mg/dL ou triglicerídeo acima de 130 mg/dL e, de preferência, que não apresente IMC superior a 35. Quem estiver fazendo uso de qualquer medicamento que aumente ou reduza o colesterol; possuir doenças renais e genéticas que possam levar à dislipidemia secundária ou pacientes com valores de triglicerídeos superiores a 500 mg/dL, não estão aptos a participar da pesquisa.
Marcação de consulta: Ambulatório Geral de Nutrição/HUPE terça e quinta, das sete às dez horas. Telefone: Nutrição 2587-6456.
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